Guerra - 11/02/2003

Este é o Disque Piropo de terça-feira, onze de fevereiro. Obrigado por estar conosco. O homem talvez seja o único animal capaz de desenvolver meios para exterminar completamente sua própria espécie. E não poupa esforços nesse sentido. E nem vou falar da bomba atômica, cujos efeitos nefastos todos conhecemos. Vou falar da guerra tecnológica, uma guerra que tem aspectos de videogame, mas cujo poder de ceifar vidas humanas atingiu um patamar nunca dantes visto. A guerra tecnológica não se resume a foguetes com ogivas “inteligentes” (entre aspas, naturalmente), dotadas de sensores capazes de buscar o alvo e atingi-lo inapelavelmente por mais que ele tente escapar. Ela se estende ao campo até agora inexplorado da chamada guerra cibernética, onde militares diante de computadores usarão conhecimentos desenvolvidos pelos hackers para invadir as redes de computadores do inimigo, desativando-as ou alterando seus parâmetros. Quando ouvi falar nisso pela primeira vez, imaginei que o objetivo seria meramente interferir no sistema de transmissão de informações do inimigo. Mas os efeitos vão muito além disso: invadir redes de computadores inimigas implica a desativação de radares, derrubada de dispositivos eletro-eletrônicos que habilitam sistemas de defesa e inativação de sistemas de detecção de ataques. Portanto, a guerra cibernética pode provocar um número considerável de baixas nos campos inimigos. E segundo notícia publicada no Washington Post, o presidente Bush, dos Estados Unidos, acaba de assinar uma diretriz secreta ordenando o desenvolvimento de um programa a nível nacional para determinar como e quando seu país lançará ataques cibernéticos contra redes inimigas. Os tempos de guerra são tempos estranhos... Mais que nunca: boa sorte e até o próximo DisquePiropo.