DSL - 25/10/2002

Este é o boletim Disque Piropo de sexta-feira, 25 de outubro. Hoje vamos discutir mais uma forma de conexão digital á internet via linha telefônica. Chama-se DSL, iniciais de Digital Subscriber Line, ou Linha Digital do Assinante. A tecnologia DSL é semelhante à usada pelo ISDN, nosso assunto de ontem. O mesmo par de fios de cobre da linha telefônica transporta o som da nossa voz e os dados digitalizados, transmitidos em freqüências diferentes. Mas, ao contrário do ISDN, que transmite voz digitalizada em uma linha separada no mesmo par de fios, a tecnologia DSL não separa o "canal de voz". Vai tudo misturado, voz e dados. É claro que isso chega na casa do assinante como um ruído que não dá para entender. Por isso, antes de ligar a linha a um aparelho telefônico, ela passa por um filtro que elimina as freqüências que transportam dados, e o som fica límpido e claro. Os dados são encaminhados para um dispositivo conhecido por "modem DSL" mas que na verdade não é um modem, já que não modula nem demodula nada: é um mero "roteador" que recebe os dados digitalizados e os encaminha a uma placa de rede ligada ao micro. Há diversos tipos de tecnologias DSL, mas a mais comum para uso doméstico é a ADSL. Esse "A" é a inicial de "Assimétrico" e indica que os dados chegam mais rapidamente a seu computador do que saem dele, ou seja, você recebe mais depressa do que transmite. Como em geral é isso mesmo que você quer, a tecnologia ADSL é mais que adequada para o uso doméstico. E, comparada com a ISDN, ela apresenta um monte de vantagens. A primeira é que é muito mais rápida. Em geral ela começa onde a ISDN acaba: 128 mil bits por segundo. Mas pode alcançar muito mais que isso. A taxa usual é de 256 mil bits por segundo. Além disso, a conexão é permanente. Isso quer dizer que você pode ficar pendurado na internet 24 horas por dia sem pagar um único pulso telefônico. E, enquanto conectado, pode usar seu telefone normalmente - mas aí paga os pulsos, é claro. Também nesse caso, DSL é o nome da tecnologia. As companhias que oferecem o serviço usam nomes comerciais. Em São Paulo a Telefônica chama de Speedy e no Rio a Telemar chama de Vélox. Os serviços DSL costumam ser mais caros que os ISDN. Mas como a conexão é permanente e não implica cobrança de pulsos telefônicos, para quem usa muito a internet, pode sair bem mais em conta. Verifique ambos antes de contratar. Boa sorte e até o próximo Disque Piropo.